sexta-feira, 22 de maio de 2009

2. Ondas Azuis

Cont...

Nada, nada de fisioterapia, de massagens, de acumpuntura, hidromassagem. Isso só alivia, disse o médico. Mas não cura.
A notar: não faz muito tempo que os médicos, em geral, recomendam fisioterapia para seus pacientes.

De repente, em meio ao trânsito, Lia deu o grito que mantinha calado desde que saíra do hospital; na cabeça confusa as palavras do médico – doença crônica, progressiva, degenerativa, incurável se misturava às da receita prescrita: levodopa, carboidopa, seligilina, e se avolumavam, em cascata, numa linguagem totalmente desconhecida para ela.

O nada consta da tomografia que o médico havia solicitado – lhe deu esperanças de que não era nada grave – só fez confirmar o diagnóstico. Não existem exames, nem testes, que comprovem a Doença de Parkinson. ‘O veredicto é baseado na observação’. Os médicos só pedem a tomografia a fim de confirmar a não existência de outras patologias.

Entretanto, a micrografia, ou seja, a diminuição do volume da letra e do tamanho da caligrafia é um dos principais e irredutíveis sintomas da doença. Lia ficou surpresa com a diferença de sua própria caligrafia antes e depois de dois dias de doses baixas de levodopa, o que confirmou a suspeita do médico: era realmente Doença de Parkinson – DP

Doença mais conhecida como Mal de Parkinson foi definida como ‘paralisia agitante’, pelo médico inglês, James Parkinson (1755-1824), membro do colégio real de cirurgiões, como doença caracterizada pela presença de movimentos involuntários tremulantes, diminuição da força muscular, com tendência para a inclinação do tronco para frente e alteração da marcha (festinação), sem, entretanto, afetar os sentidos e o intelecto.Cont...
Revisou: Caíque Rodrigues

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